16.4.12

Eugênio

As folhas secas que caem a minha volta,
me fazem lembrar daquele outono contrastante,
em que decidi me mudar para aquela cidadezinha do interior.
Foi onde conheci Eugênio,
minha cara-metade,
meu paceiro,
minha boca de mel que me fazia todos os dias pensar,
em como a vida era bela e bonita,
por vezes esperei Eugênio debaixo da árvore,
ele sempre chegava atrasado,
mas sempre estava com um buquê de flores na mão.


Por vezes,
escutei seus sussurros apaixonados,
me dizendo coisas melosas e doces.
O ar quente que exalava de sua boca em meus ouvidos,
me estremecia por dentro...
Me matava,
me triturava,
e me enchia de desejos que homem  nenhum jamais o fez.


Eugênio,
que sempre me demonstrou seu amor,
confessou um dia,
que eu o fazia estremecer,
que mulher alguma,
nunca o tinha feito sentir arrepio até os sapatos.
Lhe soltei um sorriso sincero,
era muito gratificante,
saber que alguém me amava
e desejava o meu amor.


Comecei a escrever cartas,
quando Eugênio se foi...
Não tinha esse costume,
mas era amargurante saber que ele não estava ali...
Sei que viajar a trabalho era uma coisa boa,
mas não conseguia encará-la como tão boa assim,
Eugênio estava longe,
muito afastado de mim.


Agora,
fico pensando em tudo que aconteceu,
um dia terá um fim,
ou pela falta de desejo,
ou por uma morte sem fim...
Só sei que um dia acaba,
de um jeito,
ou de outro,
mas este amor que agora sinto,
com certeza não irá se apagar.


                             By  s2 Sakura s2

Um comentário:

  1. Nossa, que poema lindo! Que espécie de amor; me envolveu aqui completamente! Que palavras lindas!

    Amei, amei, amei! *-*

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